ATA REUNIÃO DA
COORDENAÇÃO EXECUTIVA
Belém, 5 de Janeiro de
2012.
Relatoria pela
Secretaria Executiva do FPES.
1.Presenças
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Lindomar Silva/Carítas
Luís Dantas/ RECID
Mª Gercina A. Araújo / Amazônia Design
Vera Goretti da S. Oliveira /100% Amazônia
Mª Juciara de Sousa Neto/ AASCJ
Mª Dalva Cruz Luz/ Gestor Público
Valnise Dias de Oliveira
Nilza Maria Sena de Alcântara/ ARTEPAN
Rosa Maria A.Silva/ASARTES
2. Agenda
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Manhã 05/101/2012
Informes /Pauta/Encaminhamentos/Reunião: 08h30min – Abertura, Leitura da Ata e Informes;
- Continuação do Planejamento Político Pedagógico para 2012.
- Continuação do Planejamento Político Pedagógico para 2012.
- Mobilização
rumo à V Plenária Nacional de Economia Solidária, cujo tema será "Economia
Solidária: : “O bem viver,
a cooperação e a autogestão para um desenvolvimento justo e sustentável".
3. Informes
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Mobilização rumo à V Plenária
Nacional de Economia Solidária, cujo tema será "Economia Solidária: o bem
viver, a cooperação e a autogestão para um desenvolvimento justo e
sustentável". (Luis Dantas/Gersina).FBES.
Confraternização da Coordenação - Data: 19/01/2012 - Local: Caritas N2 ás 16h30min.
Encontro Regional RECID :09,10,11 de Fevereiro
Encontro Regional RECID :09,10,11 de Fevereiro
4. Encaminhamentos
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Reunião/Planejamento das ações de 2012 / Caravana Estadual
rumo à V Plenária Nacional de Economia
Solidária .
Pontos levantados em
debate: Por estarmos no inicio do
ano e da gestão da nova coordenação. O fio condutor foi baseado nas ações e
datas da mobilização rumo a V Plenária Nacional comitante ao Plano Político
Pedagógico do FPES que teve seu inicio em Outubro por ocasião do Encontro
Estadual e eleição da nova coordenação. Luis Dantas /RECID, Lindomar / Caritas
abriram os trabalhos.
Encaminhamentos: Com base na agenda do FBES –
Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Lindomar
/ Caritas fez
os encaminhamentos e foi criada uma agenda de mobilização que iniciará com uma Caravana
Estadual, que iniciará em Abril (14,15). E irá percorrer aproximadamente 30
municípios com a finalidade de mobilizar e comitantemente incentivar a criação
de Fóruns e conselhos municipais. E com a possibilidade de encerrar em julho de
2012.
Roteiro da Caravana Estadual Rumo a V Plenária Nacional de Economia
Solidaria
Município
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Entidades
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Contato
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Belém
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Redes de
quilombo, ARTPAM, RECID
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Luiz
Dantas
|
Ananindeua
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Amazônia
Desig, BPW, ESMAC, FAAM e ISSAR
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Gercina
|
Marituba
|
PMM,
Banco Comunitário, Arte na Praça, Movimento de Mulheres do Che Guevara
|
Gercina e
Lena.
|
Sta.
Izabel
|
Comunidade
travessão e Prefeitura Municipal,
|
Dantas
|
Sta.
Barbara
|
Cerâmica
Chicana e Mov.Sem terra Abril
Vermelho, Prefeitura Municipal.
|
Gercina
|
Castanhal
|
Incubadora,
Prefeitura, Caritas Diocesana.
|
Adebaro,
Rosa
|
Bragança
Santa
Luzia
Paragominas
|
Caritas, COOMAC,
Rede
bragantina
|
Lindomar
|
Orem
|
Rede
capim
|
Lindomar
|
Abaetetuba
Cametá e
Igarapé-miri
Bujaru
|
Cáritas
|
Lindomar
e Rose.
|
Acará
|
RECID
|
Dantas.
|
Óbidos e
Juruti, Oriximiná e Alenquer
|
Caritas
|
Lindomar
|
Santarém
|
RECID
|
Luís
Dantas
|
Canaã dos
Carajás, Xingu ara, Paraopebas,
Curionopólis
|
AASCJ
|
Juciara
|
Floresta
do Araguaia e Conceição do Araguaia.
|
Prefeitura/Rosângela
|
Rosa
|
Jacundá
|
Banco
Paraíso
|
Dalva
|
Breves
|
Emater
|
Gercina
|
Portel
|
Caritas
|
Lindomar
|
Ponta de
pedra e Soure
|
Caritas
|
Lindomar
|
Salvaterra
|
RECID
|
Luis Dantas
|
Mocajuba
|
Prefeitura
/Teca
Rosa
|
|
Programação/Metodologia:
Plenária de (01 dia)
Resp. Projeto de Captação de Recursos: Luis Dantas
/RECID. Rosa/ ASARTES.
Atividade pratica dos
encontros/Plenária – coleta de assinatura.
|
Encontros Territoriais - Agosto/Setembro:
Pontos levantados em
debate: As ações condutoras desta
etapa serão os resultados da “Caravana
Estadual rumo a V Plenária Nacional de Economia Solidaria” Partindo
dos resultados, entende-se que nesta etapa a concepção de “reflexão - ação”
será fundamental para os encontros dos territórios. E o papel do FPES será de organizar
as demandas nos territórios. Neste sentido, como a economia solidária que tem como centralidade a construção de novas
relações econômicas e sociais, construídas e reconstruídas cotidianamente pelos
sujeitos que a constituem e fundamenta-se na cooperação e autogestão no
trabalho e em todas as instâncias de produção e reprodução da vida.O ponto de partida dos processos serão;
formativo/educativos que o bjetiva assim proporcionar a construção
coletiva de aprendizados políticos, estratégicos, econômicos, metodológicos e
técnicos com a finalidade de qualificar e viabilizar os empreendimentos
econômicos em conformidade com seus os valores e princípios.
Encaminhamentos: Socializar os resultados colher informações apartir da realidade de cada
território, dos atores dos coletivos (quem representam sua
atuação na economia solidária e sua área de conhecimento), bem como socializar
a programação constituindo pactos de convivência e de responsabilidades. Lindomar / Caritas Luis Dantas/RECID, orientaram as Questões norteadoras para o debate sobre
“Concepções de Economia Solidária rumo a V Plenária Nacional”.Linha do tempo, identidade, organicidade, marco legal. Foi pensado um
calendário de eventos e divisão dos municípios em Região (Territórios).
Região
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Município /local
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Contato
|
Região Metropolitana
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Marituba
|
Gercina /Amazônia Design
|
Região
Bragantina
|
Sta. Luzia/
ECRAMA)
|
(Lindomar /Carítasn2
|
Região Capim
|
Paragominas
|
Marcos/Rede Capim
|
Região Marajó
|
Soure
|
Nilza/ARTEPAM
/Lindomar Carítasn2/ Luís Dantas / RECID
|
Região -
Baixo-Amazonas
|
Obidos
|
Lindomar /Carítasn2
|
Região Tocantina
|
Igarape-miri
|
Luís
Dantas / RECID
|
Programação/
Metodologia
Questões norteadoras para o debate sobre
“Concepções de Economia Solidária”
§
Linha do tempo, identidade, organicidade, marco legal.
|
||
Construção
do Encontro de Territórios: O
Encontro será uma ação articulada entre o Fórum Paraense de Economia
Solidária/DECOSOL/Coletivo de Educadores - CFES- IFPA/UFPA/FAAM.
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Calendário
de Ações
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Janeiro/Fevereiro
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Reunião de Planejamento. (05/01)
Projeto de captação de
Recursos e parcerias (Apresentação)
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Fevereiro
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Reunião de planejamento
das estratégias e plano de ação (03/02) Coordenação Executiva.
Vídeo conferencia (14/02)
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Março
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Publicação documento orientação
(01/03)
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Abril
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Caravana Estadual Rumo a V Plenária Nacional
de Economia Solidaria (14e15)
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Junho
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Inicio das plenárias municipais
I Feira
Estadual de Economia Popular e Solidária
“Outra Economia é Possível”
08/a 10 de Junho de 2012.
I Encontro de Gestores Públicos “Desenvolvimento
Sustentável no Estado do Pará e a Economia Popular e Solidaria”.
08/06
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Julho
|
Termino das Plenárias
Municipais
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Agosto/Setembro
|
Plenárias Territoriais
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Novembro
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Plenária Estadual.
III Encontro Estadual de Economia Popular e
Solidária “Desafios e perspectivas”
Data: 03/04 de Novembro 2012
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Dezembro
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V Conferência Nacional ( 9
a 13)
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I ciclo de estudos sobre
Economia Popular e Solidária -Fazer um resgate histórico das atividades do fórum’
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I Seminário “Entidades que
captam recursos “Indicadores e
Resultados para a Economia Popular e Solidária no Estado do Pará. Projetos:
Brasil local; Feminista, Fundos, Cataforte –
Responsável – Dantas.
|
||
“UMA OUTRA
ECONOMIA ACONTECE”
“MUITA GENTE PEQUENA, EM MUITOS
LUGARES PEQUENOS,
FAZENDO COISAS PEQUENAS, MUDARÃO A
FACE DA TERRA”
(Provérbio Africano)
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Calendário de Feiras
|
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Calendário de
Ações
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Janeiro/Fevereiro
|
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Fevereiro
|
|
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Março
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Igarapé – miri (10 e 11 de
março)
|
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Maio
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Xingura
|
|
Junho
|
Belém (Feira Estadual )
|
|
Julho
|
Obidos
|
|
Agosto/Setembro
|
Plenárias Territoriais
|
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Outubro
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Conceição do Araguaia –
Rosa/Rosangela
|
|
Novembro
|
Abaetetuba – Lindomar/Caritas
n2
Paragominas – (Marcos/Rede Capim)
Xingura –(Dalva)
Jacundá – (Dalva).
|
|
Dezembro
|
V Conferência Nacional ( 9
a 13)
|
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Marituba e Castanhal Toda sexta e sábado à noite
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Soure – feira territorial (Luis)
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Feira de Santa Maria (RS)- 1ª semana de Julho
Receber informações e participar de feira – 2 pessoas por empreendimentos
|
.
Espaços Comercialização Solidária
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Comercialização e bancos comunitários
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Canaã dos Carajás – loja
no centro. “Canaã faz arte”
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Loja da Rede Bragantina - Santa
Luzia do Pará /Belém
|
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Rede Arte na Praça –
Marituba.
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Jacundá - Banco Paraíso
|
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Mosqueiro - Banco
Tupinambá
|
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Igarapé-miri;
|
||
Marituba
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Gurupá.
|
||
Municípios com lei municipal
|
Xingura,
|
|
Igarapé-miri,
|
||
Jacundá
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Belém (Votação
da lei municipal – 2 de fevereiro: Vera, Nilza e Val.)
|
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Coordenação Estadual/Nacional
|
||
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Amazônia
Design - Empreendimento urbano/ Mª Gercina A. Araújo
Rede Capim Empreendimento
Rural/ Marcos
RECID - Entidade de
Assessoria/ Luis Dantas
Mª Juciara de Sousa Neto/ AASCJ Empreendimento Rural
Vera
Goretti da S. Oliveira /100% Amazônia empreendimento
urbano
Gestor
Público/ Mª Dalva Cruz Luz/João Batista
Carítas
N2 /Entidade de Assessoria/ Lindomar
Silva
Secretaria
Executiva /Rosa Maria Alexandre
|
|
|
O FPES é formado somente por Membros, representantes de 3 segmentos do
movimento pela Economia Solidária: Empreendimentos, Entidades de Assessoria e
Gestores Públicos, que aderiram formalmente aos termos deste regimento,
expresso na assinatura do Termo de Adesão ao FPES.
|
|
O FPES será coordenado por sua Coordenação Executiva que será composto
por oito membros eleitos em Encontro Estadual, sendo 4 representantes de
empreendimentos(2 urbanos e 2 rurais), 2 representantes de entidades de
assessoria e 2 representantes da Rede de Gestores Públicos no Pará, mais
respectivos/as suplentes
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||
Encaminhamentos
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Finanças / Fundo Solidário do FPES:
|
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Coordenação:
Durante
esta reunião foi formado o fundo solidário da Coordenação Executiva, cujo
objetivo é cobrir despesas gerais da Secretaria. Todos os membros
contribuíram com no mínimo R$5,00 mensais e Lindomar irá abrir a conta poupança para que o fundo
receba contribuições de outras pessoas e militantes do movimento.
Empreendimentos/militante
$ 5,00
Entidade de apoio$ 20,00
reais por mês.
|
||
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Visita institucional Decosol/SUDAM
|
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Gercina, Vera, Dalva e Luis.
|
||
|
||
|
||
|
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Secretaria Executiva/ Comissão de Acompanhamento
1. Rosa Maria Alexandre da Silva CPF 044094002-82I
Rg.3864223/ASARTES – Castanhal.
2.
3.
Economia Solidária é um modo específico de organização de
atividades econômicas. “Ela se caracteriza pela autogestão, ou seja, pela
autonomia da unidade ou empreendimento e pela igualdade entre os seus
membros”.
|
PLATAFORMA DO FÓRUM PARAENSE DE ECONOMIA
POPULAR E SOLIDÁRIA
O Fórum Paraense de Economia Popular e Solidária aprova a
plataforma de atuação e lutas que deverá ser o documento de base para
construção de seus planejamentos estratégicos e operacionais, nos diversos
temas abaixo apresentados:
1. Marco Legal e Organização Social.
- Criar e/ou
atualizar leis específicas trabalhistas, civis, tributárias e
previdenciárias para a Economia Solidária;
- Elaborar legislação
específica e fiscalização para cooperativismo em empresas
autogestionárias;
- Cadastro geral de
empreendedores populares, com regularização das atividades e emissão de
CNPJ;
- Isenção de impostos
para aquisição de equipamentos, veículos, máquinas, dentre outros;
- Licitação pública
diferenciada, que contemple empreendimentos de Economia Solidária;
- Definir zonas
especiais de interesse da Economia Solidária – ZEIES; a serem definidos no
PDU – Plano Diretor Urbano e Estatuto da Cidade;
- Cota obrigatória
para que o poder público adquira produtos do empreendedor popular rural e
urbano;
- Conceituar
normativamente empresas de auto-gestão, cooperativas populares, bem como
aquelas organizações de Economia Familiar;
- Articular os
empreendimentos de economia solidária com os programas sociais do governo;
- Criação de uma
legislação específica voltada para as cooperativas autênticas, para a
massa falida e para empreendimentos solidários;
- Mudança no caráter
do benefício do INSS para o auxílio para quem é cooperado;
- Emissão de nota
especial de venda para poder participar das concorrências.
- Incentivar a
criação de um cadastro geral de empreendedores populares, que legalize as
atividades da economia popular, a partir de critérios sociais e econômicos
adequados.
2. Comunicação
e Divulgação:
- Realização de uma
campanha nacional de mobilização pela economia solidária;
- Divulgar as idéias
e práticas da economia solidária junto à população, particularmente no que
se refere à questão do consumo solidário, que seja justo, ético e crítico;
- Facilitar a
concessão de rádios comunitárias autogestionárias,
- Criação de uma rede
de comunicação utilizando as diversas formas de comunicação;
- Inserir no próximo
censo, formulário que possibilite a identificação dos empreendimentos
solidários;
- Divulgação das
vantagens sociais no consumo de produtos e serviços de empreendimentos
solidários;
- Fazer o mapeamento
das atividades de economia Solidária;
- Difusão e intercâmbio entre
as experiências da economia solidária.
3. Políticas Públicas da Área de Finanças.
- Inclusão da
Economia Solidária nos fóruns de discussões, conselhos de representações e
decisões relacionadas à implementação de políticas públicas;
- Adequação dos
instrumentos financeiros para crédito dos empreendimentos solidários;
- Criação de grupo de
trabalho nacional para discussão e construção de políticas de finanças
solidárias;
- Criação de um
sistema nacional de finanças solidárias, com fundos públicos e controle
social, com a criação de um Fundo Nacional de Crédito para a Economia
Solidária;
- Desburocratização e
divulgação das linhas de crédito facilitando o acesso ao micro crédito e
com aval solidário;
- Crédito
diferenciado para as comunidades indígenas, negras e para os portadores de
necessidades especiais que estão envolvidos em algum tipo de
empreendimento;
- Alterar a concessão
de crédito garantindo estudos de viabilidade da produção, comercialização
e mercado consumidor;
- Garantir o
financiamento para a comercialização de produtos;
- Garantir renda
mínima para empreendimentos de Economia Solidária, durante seus primeiros
anos de funcionamento, até a sua auto-sustentabilidade;
- Estabelecer os
limites de crédito com base em cálculos per capita por posto de trabalho
gerado e não por empreendimento;
- O Banco Central deverá ter
diretrizes facilitadoras para linhas de créditos especiais para a Economia
Solidária.
4. Políticas Públicas da Área de
Redes de Produção.
- Inclusão da
Economia Solidária nos fóruns de discussões, representações e decisões
relacionadas à implementação de políticas públicas;
- Investir na
auto-sustentabilidade das comunidades quilombolas;
- Garantir
financiamento para a construção de redes;
- Investir na
formação de redes regionais de comercialização para as cooperativas;
- Reaalizar
diagnóstico qualitativo e quantitativo da Economia Solidária no Brasil,
para construirmos uma rede de informações;
- Criação de agências
de fomento e assistência técnica local para a Economia Solidária;
- Criar selo de
controle de qualidade, adequado à Economia Solidária, com certificação
participativa de produtos e serviços;
- Cota obrigatória
para o mercado institucional público, envolvendo mercadoria e/ou serviços
da economia solidária.
5. Articulação:
- Buscar rede de
apoio de políticas e programas governamentais para o fórum de economia
solidária;
- Garantir
articulações locais, regionais, nacionais de empreendimentos populares,
garantindo o seu protagonismo e sua autonomia;
- Buscar alianças com
movimentos sociais próximos da Economia Solidária;
- Articular a
formação de fóruns regionais e locais de empreendimentos populares;
- Integrar as práticas
de Economia Solidária às políticas e programas sociais existentes;
- Lutar pela
autonomia do movimento da Economia Solidária, enquanto projeto nacional
alternativo ao sistema capitalista;
- Apoio à formação de frente de
parlamentares da economia solidária nos âmbitos municipais, estadual e
federal.
6. Educação e Formação:
- Adotar formação
política e cultural voltada para a auto-gestão e solidariedade, rompendo
com a lógica capitalista;
- Incentivar a
implantação de incubadoras de empreendimentos Econômicos Solidários em
todas as universidades públicas;
- Desenvolver
políticas de ciência e tecnologia voltadas à melhoria da qualidade dos
produtos da economia solidária, respeitando a cultura e os saberes locais;
- Implementar a
formação de empreendedores da Economia Popular e Solidária para produção,
garantindo um padrão de qualidade;
- Adotar uma
estratégia de formação e capacitação articulando as atividades econômicas
da economia solidária e seus diversos atores;
- Implantar mudanças
na cultura de consumo, a partir dos atores da economia popular e solidária.
7. Rede de Produção,
Comercialização e Consumo:
- Trabalhar em rede a
nível local, regional, estadual, nacional e interacional;
- Impedir a
implantação de grandes redes de supermercados nos bairros;
- Desenvolver e
fortalecer as redes produtivas com base nos princípios da Economia
Solidária;
- Motivar a produção
local/regional para o consumo local/regional;
- Criar espaços de
troca e comercialização solidária.
8. Democratização do Conhecimento
e da Tecnologia
- Valorizar a função
social da tecnologia e não apenas a sua função econômica;
- Formação e
capacitação em tecnologias específicas apropriadas às iniciativas de
economia solidária, através de centros regionais de difusão e capacitação.
- Acesso a equipamentos
e conhecimentos que propiciem a agregação de valor ao produto desenvolvido
pela economia solidária;
- Descentralização da
tecnologia e da informação.
- Criação de espaços
coletivos de deliberação e difusão nos centros de pesquisa.
CARTA DE PRINCÍPIOS
A I Plenária Estadual de Economia
Popular e Solidária, nos dias 13 a 15 de Junho de 2003 constituiu o Fórum
Paraense de Economia Popular e Solidária – FPEPS, debateu e aprovou a
"Carta de Princípios" abaixo apresentada.
A Economia Solidária é muito maior que
um setor da Sociedade. Vai de encontro à visão tradicionalista e exploradora,
que visa apenas a exploração dos trabalhadores e o esgotamento do meio
ambiente, pois ela não representa apenas um avanço de um setor de produção, mas
sim, um avanço da sociedade, uma transformação onde o ser humano é tido como o
protagonista e o principal e o principal objetivo da atividade econômica.
Os princípios apresentados na mesma
decorrem dos debates ocorridos na III Plenária Nacional de Economia Solidária,
na I Plenária Estadual de Economia Popular e Solidária e na I Oficina do Fórum
Paraense de Economia Popular e Solidária e, deverão se constituir em orientação
básica para todos que queiram participar do respectivo fórum.
- O FPEPS – Fórum Paraense de economia Popular e Solidária é um espaço
permanente em construção e crescimento, devendo ser ampliado a cada
plenária anual de Economia Popular e Solidária;
- O FPEPS _ Fórum Paraense de Economia Popular e Solidária é um espaço
aberto de encontro para o debate democrático de idéias, o aprofundamento
das reflexões e construção de novas referências teóricas, a troca de
experiências e a articulação das entidades empenhadas no fortalecimento da
Economia Solidária enquanto instrumento de inclusão através de trabalho,
de valorização do ser humano, de transformação social e de ruptura com a
lógica capitalista.
- O FPEPS – Fórum Paraense de economia Popular e Solidária plural e
diversificado, que garante a participação e engajamento sem discriminação
de crença, cultura, gerações, capacidades físicas, sexo, cor ou opção
sexual desde que respeitem esta Carta de Princípios.
- O FPEPS – Fórum Paraense de economia Popular e Solidária afirma a
valorização social do trabalho humano, o caráter libertador da Economia
Solidária e as práticas cujas relações são baseadas na equidade, na
cooperação, na solidariedade, no resgate da dignidade e da cidadania;
situa-se em uma visão da economia autogestionárias na qual o
desenvolvimento econômico tem como centralidade o ser humano; na busca de
uma relação de uso sustentável dos recursos naturais, na valorização da
cultura e potencialidades da cultura local e da ética do consumo.
- O FPEPS - Fórum Paraense de Economia Popular e Solidária, enquanto
espaço de troca de saberes, estimula a complementaridade e a cooperação
entre as entidades que o integram, fomentando o desenvolvimento de
articulações que potencializem cadeias produtivas locais e regionais de
interesse dos mesmos.
- O FPEPS - Fórum Paraense de economia Popular e Solidária articula e
representa os gestores públicos, assessores e empreendedores da Economia
Popular e Solidária, nele inscritos.
- O FPEPS - Fórum Paraense de economia Popular e Solidária, enquanto
espaço de representação, busca fortalecer a Economia Solidária, enquanto
política pública, respeitando o protagonismo e autonomia dos
empreendimentos, das redes e entidades que o integram.
- Constituir-se, enquanto espaço de construção de consensos, respeito
às diferenças, de articulação política para além das concepções partidárias
e de tendências partidárias e de estabelecimento de estratégias de ação,
sob a égide dos princípios da Economia Solidária;
- Ser um instrumento propositivo, consultivo, deliberativo, horizontal
e transparente; construção de novas referências teóricas a partir da
prática da economia solidária para avançar no seu desenvolvimento;
- Satisfação plena das necessidades de todos como eixo da criatividade
tecnológica e da atividade econômica; tendo por base a constituição
Brasileira
- Reconhecimento do lugar fundamental da mulher e do feminino numa
economia fundada na solidariedade;
- Importância do trabalho do jovem e do idoso como estratégia de
inclusão social;
- Integração da economia popular nas políticas públicas de combate à
fome e de inclusão social (Fome Zero, Bolsa Escola, etc);
- Organização do consumo visando a construção de cadeias produtivas
integrando campo e cidade; Solidariedade entre os povos;
FBES
O FBES,
Fórum Brasileiro de Economia Solidária, está organizado em todo o país em mais
de 130 Fóruns Municipais, Microrregionais e Estaduais, envolvendo diretamente
mais de 3.000 empreendimentos de economia solidária, 500 entidades de
assessoria, 12 governos estaduais e 200 municípios pela Rede de Gestores em
Economia Solidária.
O FBES é
fruto do processo histórico que culminou no I Fórum Social Mundial (I FSM), que
contou com a participação de 16 mil pessoas vindas de 117 países, nos dias 25 a
30 de janeiro de 2001. Dentre as diversas oficinas, que promoviam debates e
reflexões, 1.500 participantes acotovelam-se na oficina denominada “Economia
Popular Solidária e Autogestão” onde se tratava da auto-organização dos/as
trabalhadores/as, políticas públicas e das perspectivas econômicas e sociais de
trabalho e renda.
A Economia Solidária no Brasil
Histórico
A
manifestação de interesses e a necessidade de articular a participação nacional
e internacional do I FSM propiciaram a constituição do Grupo de Trabalho Brasileiro
de Economia Solidária (GT- Brasileiro), composto de redes e organizações de uma
diversidade de práticas associativas do segmento popular solidário: rural,
urbano, estudantes, igrejas, bases sindicais, universidades, práticas
governamentais de políticas sociais, práticas de apoio ao crédito, redes de
informação e vínculo às redes internacionais. As doze entidades e redes
nacionais que em momentos e níveis diferentes participavam do GT-Brasileiro
eram: Rede Brasileira de Socioeconomia Solidária (RBSES); Instituto Políticas
Alternativas para o Cone Sul (PACS); Federação de Órgãos para a Assistência
Social e Educacional (FASE); Associação Nacional dos Trabalhadores de Empresas
em Autogestão (ANTEAG); Instituto Brasileiro de Análises Sócio-Econômicas (IBASE);
Cáritas Brasileira; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST/CONCRAB); Rede
Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (Rede
ITCPs); Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS/CUT); UNITRABALHO; Associação
Brasileira de Instituições de Micro-Crédito (ABICRED); e alguns gestores
públicos que futuramente constituíram a Rede de Gestores de Políticas Públicas
de Economia Solidária.
O
GT-Brasileiro buscou a unidade na diversidade, favorecendo a construção da
identidade do campo da denominada “Economia Solidária”, graças à prática de
respeitar as contribuições diversas de cada região e especificidades de suas
organizações. Não apenas isso. Sabia que era necessário investir na divulgação,
caracterizar suas atividades e se constituir como uma articulação de dimensão
nacional. É a partir deste grupo que se propõe a constituição de um fórum em
dimensão nacional. Nisso, tanto a realização das plenárias quanto a elaboração
dos Princípios da Economia Solidária foram decisivas para ampliar e, ao mesmo
tempo, caracterizar seu campo de ação. O movimento que vinha sendo articulado
pelo GT-Brasileiro era constituído principalmente por entidades de assessoria/
fomento e por um segmento de gestores públicos e apontava, desde o início, para
a necessidade de combinar a ampliação regional com o investimento em empresas e
empreendimentos do campo da denominada “Economia Solidária”. Faltava uma
política pública nacional de Economia Solidária e um processo de enraizamento,
constituído principalmente através de empreendimentos de economia solidária e
empresas de autogestão nas di ersas regiões do país.
No final
de 2002, decorrente do processo eleitoral que culminou com a vitória do Governo
Lula, o GT-Brasileiro elaborou a Carta ao Governo Lula intitulada “Economia
Solidária como Estratégia Política de Desenvolvimento”. Aquele documento de
interlocução com o futuro governo apresentava as diretrizes gerais da Economia
Solidária e reivindicava a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária
(SENAES). Durante a I Plenária Brasileira de Economia Solidária, realizada em
São Paulo, nos dia 9 e 10 de dezembro de 2002, contando com mais de 200 pessoas
- entre trabalhadoras/es de empreendimentos associativos, entidades de
representação, entidades de assessoria/ fomento e gestores de políticas
públicas – foi aprovada e encaminhada a Carta.
A II
Plenária, realizada durante o FSM de janeiro de 2003, em Porto Alegre, foi
aberta pelo GT-Brasileiro e presidida pelo professor Paul Singer. Neste evento
foi publicado e distribuído o livro: “Do Fórum Social Mundial ao Fórum
Brasileiro de Economia Solidária” para as/os 800 participantes, constituídos
principalmente por representantes de empreendimentos, entidades de fomento e
redes internacionais. A Plenária definiu agenda de mobilização de debates e
sensibilização pelas regiões do país e legitimou o GT-Brasileiro como promotor
do processo de mobilização da Economia Solidária.
Em junho
de 2003 realizou-se a III Plenária Brasileira de Economia Solidária, que contou
com um processo preparatório de mobilização em 17 estados, e teve a
participação de 900 pessoas de diversas partes do país. Foi neste evento que
foi criada, de forma definitiva, a denominação Fórum Brasileiro de Economia
Solidária (FBES). A SENAES foi constituída pouco antes deste evento. O FBES
saiu desta III Plenária com a incumbência de articular e mobilizar as bases da
Economia Solidária pelo país em torno da Carta de Princípios e da Plataforma de
Lutas aprovadas naquela oportunidade. Além de se definir a composição e
funcionamento do FBES, foi iniciado um processo interlocução do FBES com a
SENAES com o compromisso de promover um intercâmbio qualificado de interesses
econômicos, sociais e políticos, numa perspectiva de superar práticas
tradicionais de dependência, que tanto têm comprometido a autonomia necessária
ao desenvolvimento das organizações sociais. Outro fruto decorrente daquele
evento foi o desencadeamento da criação dos fóruns estaduais e regionais que
puderam garantir, por sua vez, a realização do I Encontro Nacional de
Empreendimentos de Economia Solidária com trabalhadoras/es advindos de todos os
estados. Este encontro teve um total de 2 500 pessoas e aconteceu nos dias 13,
14 e 15 de agosto de 2004.
Neste
processo, a Economia Solidária foi desafiada a gerir abastecimento,
comercialização, trabalhar com moeda social, promover rodadas de negócio,
realizar feiras em todos os estados, fazer campanha de consumo consciente,
comércio justo e solidário, constituir redes, cadeias produtivas, finanças
solidárias, trabalhar no campo do marco legal (especialmente: lei geral do
cooperativismo e cooperativa de trabalho).
Durante o
III FSM, em Porto Alegre, realizou-se uma reunião de dezenas de representantes
da América Latina, o que promoveu, por meio de seminários, encontros e feiras,
a ampliação das perspectivas de integração regional do movimento de Economia
Solidária e, com isso, o trabalho de articulação com a América Latina entrou
definitivamente na agenda do FBES.
Em 2006,
após a realização das Conferências Estaduais, quando foram escolhidos as/os
delegadas/os e definidas as reivindicações e propostas, realizou-se a I
Conferência Nacional de Economia Solidária, em Brasília, no período de 26 a 29
de junho. Na Conferência foram discutidas as resoluções voltadas à participação
no Conselho Nacional de Economia Solidária e propostas para políticas públicas
para a Economia Solidária.
Quanto à
organização e funcionamento, integram o FBES os três segmentos do campo da
Economia Solidária: empreendimentos da economia solidária, entidades de
assessoria e/ou de fomento e gestores públicos.
Empreendimentos Econômicos Solidários são organizações com as
seguintes características: 1) Coletivas (organizações suprafamiliares,
singulares e complexas, tais como associações, cooperativas, empresas
autogestionárias, clubes de trocas, redes, grupos produtivos, etc.); 2) Seus
participantes ou sócias/os são trabalhadoras/es dos meios urbano e/ou rural que
exercem coletivamente a gestão das atividades, assim como a alocação dos
resultados; 3) São organizações permanentes, incluindo os empreendimentos que
estão em funcionamento e as que estão em processo de implantação, com o grupo
de participantes constituído e as atividades econômicas definidas; 4) Podem ter
ou não um registro legal, prevalecendo a existência real; 5) Realizam
atividades econômicas que podem ser de produção de bens, prestação de serviços,
de crédito (ou seja, de finanças solidárias), de comercialização e de consumo
solidário;
Entidades de assessoria e/ou fomento são organizações que desenvolvem
ações nas várias modalidades de apoio direto junto aos empreendimentos
solidários, tais como: capacitação, assessoria, incubação, pesquisa,
acompanhamento, fomento à crédito, assistência técnica e organizativa;
Gestores públicos são aqueles que elaboram, executam, implementam
e/ou coordenam políticas de economia solidária de prefeituras e governos
estaduais.
Até a IV
Plenária do FBES, em março de 2008, a representação nacional era composta por
16 entidades nacionais, de diferentes naturezas: de representação de
empreendimentos (Abcred, Anteag, Concrab, Ecosol, Unicafes, Unisol Brasil);
entidades e redes nacionais de assessoria, pesquisa e fomento (ADS/CUT, Cáritas
Brasileira, FASE Nacional, Ibase, IMS, PACS, Rede ITCPs, Rede Unitrabalho);
redes mistas (Rede Brasileira de Socioeconomia Solidária); e a Rede de Gestores
de Políticas Públicas de Economia Solidária.
A Rede
Nacional de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária é uma
articulação de gestores e gestoras de políticas de economia solidária de
Prefeituras, Governos Estaduais e do Governo Federal que surgiu por iniciativa
de gestores e gestoras de políticas públicas que participaram do processo de
criação do FBES desde 2001, com a missão de ampliar cada vez mais o debate e a
proposição de ferramentas adequadas dentro do Estado brasileiro para o fomento
ao desenvolvimento da economia solidária, bem como estimular e fortalecer a
organização e participação social deste segmento nas decisões sobre as
políticas públicas.
A articulação
e representação nacional se dava então através da Coordenação Nacional, com as
16 entidades e redes nacionais, além de 3 representantes de cada Fórum Estadual
de Economia Solidária (FEES), sendo que 2 são trabalhadoras/es de
empreendimentos (buscando contemplar o setor rural e o urbano) e 1 de entidade
ou de rede de gestores.
Neste
período de apenas alguns anos de vida do FBES, vimos um expressivo crescimento
da Economia Solidária e de sua organização. Se em 2002 a organicidade da
Economia Solidária se manifestava em apenas cinco estados, em 2003 as plenárias
estaduais foram realizadas em 17 estados. A partir de 2006, os Fóruns Estaduais
estão presentes em todos os 27 estados do Brasil. O crescimento também tem
promovido articulações e intercâmbios internacionais, especialmente com América
Latina na Rede Intercontinental para a Promoção da Economia Solidária (RIPESS).
Contudo, os avanços e a institucionalização, especialmente, através da criação
da SENAES e do Conselho Nacional, requeriram uma definição cada vez maior do
papel político e estratégico do FBES na luta e construção de um projeto de
sociedade.
Caracterizar
e identificar o FBES foram ações prioritárias no sentido de demarcar e
qualificar o campo da denominada Economia Solidária, através do Mapeamento da
Economia Solidária e da elaboração do Atlas da Economia Solidária no Brasil,
frutos de uma política de integração do movimento da ES com o governo
(Ministério do Trabalho e Emprego, através da SENAES). Numa breve avaliação
deste processo de constituição, pode-se dizer que o movimento de Economia
Solidária alcançou, em parte, o reconhecimento, a visibilidade e a legitimidade
necessária.
A IV Plenária do FBES
A partir
de 2006 inicia-se o processo de mobilização rumo a IV Plenária Nacional de
Economia Solidária, objetivando a reestruturação do FBES, partindo de encontros
estaduais, depois com encontros regionais cujo tema era "Por um novo
modelo de organização da Economia Solidária"; o que caracterizou a
primeira fase deste processo. A segunda fase consistiu na sistematização dos
resultados obtidos na primeira fase, pela Comissão de Reestruturação, formada
na VI Reunião da Coordenação Nacional em 2006, preparando a estrutura e os
eixos que seriam definidos na IV Plenária. A terceira fase foi marcada pelas
"Caravanas Rumo a IV Plenária", com 5 Seminários Regionais, quando
foram aprofundados as questões prioritárias. E a quarta fase consistiu nas
plenárias estaduais, de dezembro/2007 a fevereiro/2008, subsidiadas por um
documento de aprofundamento dos debates que continha os eixos e questões para o
FBES, as discussões estaduais deram origem ao documento-base para a IV
Plenária.
Como
resultado de todo este processo de construção coletiva, o FBES se define como
um instrumento do movimento da Economia Solidária, um espaço de articulação e
diálogo entre diversos atores e movimentos sociais pela construção da economia
solidária como base fundamental de outro desenvolvimento sócio econômico do
país que queremos. Para isso, duas são as atividades principais: 1. Representação,
articulação e incidência na elaboração e acompanhamento de políticas públicas
de Economia Solidária e no diálogo com diversos atores e outros movimentos
sociais ampliando o dialogo e se inserindo nas lutas e reivindicações sociais.
2. Apoio ao fortalecimento do movimento de Economia Solidária, a partir das
bases.
Na
construção do desenvolvimento de queremos foram definidas as bandeiras e
estratégias de ação, para cada um dos eixos de Produção, Comercialização e
Consumo Solidários; Formação; Sistema Nacional de Finanças Solidárias e Marco
Legal.
Com
relação a estrutura e forma de funcionamento, manteve-se os segmentos de
representação: Empreendimentos de Economia Solidária; Entidades de Assessoria e
Gestores Públicos; definiu-se as instâncias constituintes: os fóruns locais
(estaduais, microrregionais e muncipais) com critérios obrigatórios para seu
reconhecimento, além de critérios de avaliação; e ainda, foram definidas as
instâncias deliberativas, de gestão e apoio.
A
Plenária Nacional é a instância máxima de deliberação do FBES, dando as
diretrizes políticas para orientar a Coordenação Nacional e a Coordenação
Executiva.
A
Coordenação Nacional (re)orienta as ações da Coordenação Executiva, deliberando
em última instância sobre decisões políticas, operacionais e administrativas do
FBES. É composta pelas entidades nacionais (no limite de até 12 representantes,
a partir da comprovação de atuar em, no mínimo, 7 fóruns estaduais), pela
representação dos fóruns estaduais (3 por estado: 2 EES e 1 entidade de apoio
local) e da indicação da rede de gestores (2 por região e 2 nacionais)
Para o
trabalho de interlocução com movimentos sociais e instituições privadas e
públicas além de gestão política do cotidiano, existe a Coordenação Executiva
Nacional, composta por 13 representantes: 7 representantes de empreendimentos
das regiões do país (2 do Norte, 2 do Nordeste, 1 do Sul, 1 do Sudeste e 1 do
Centro-oeste); 5 representantes das Entidades e Redes nacionais e 1
representante da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária.
Além disso, a Coordenação Executiva tem a função de acompanhar os trabalhos da
Secretaria Executiva Nacional, sediada em Brasília.
.Acesse o Relatório Final da IV Plenária em: Biblioteca do FBES >
Atividades do FBES > Plenárias Nacionais
Em
novembro de 2008, na VIII Reunião da Coordenação Nacional foi definido o Plano
de Ação para o triênio (2009-2011):
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